segunda-feira, 6 de abril de 2009

Mauro Castilho 5

Os amigos da Família Castilho que participam da Comunidade em homenagem a Mauro Castilho no Orkut (aqui), contam outras situações engraçadas ocorridas com ele.

Quando viajava com o Circo Beto Carrero, Mauro tinha um motorista chamado Xuxo. Era uma grande figura humana, porém, de pequeno porte: apenas 1,55m de altura.

O circo estava em Fortaleza (CE) instalado nas proximidades de um Shopping Center, que recentemente havia inaugurado um sistema de cancela eletrônica para acesso ao estacionamento. Hoje é um sistema comum, com catracas eletrônicas que fornecem o cartão ao usuário e depois o recolhe no final.

Saindo do estacionamento com Mauro ao seu lado, Xuxo parou o carro defronte a catraca e ouviu a mensagem da máquina:

- Por favor, coloque seu cartão no local indicado.

Mauro aproveitou a deixa:

- Pergunte pra moça até que horas o estacionamento fica aberto.

O motorista aproximou a cabeça da máquina e fez a pergunta. A máquina repetiu a primeira frase e Xuxo repetiu a pergunta demonstrando certa irritação. Somente depois de três repetições a vítima desconfiou da troça.

Numa cidade do interior da Bahia por onde passava o circo, Mauro entrou numa agência bancária para fazer um depósito. A fila era longa e ele se aproximou do caixa dizendo à atendente que possuía uma grande quantidade em dinheiro para depositar. Perguntou se não seria melhor pedir a outro funcionário que fizesse a contagem do dinheiro, evitando que o serviço atrasasse o atendimento dos demais que aguardavam na fila.

A moça recusou-se, insistindo para que ele permanecesse na espera. Ao chegar sua vez abriu uma sacola com muito dinheiro e a moça do caixa reconheceu.

- Vamos ter que contar tudo!

Aí ele ficou bravo e reclamou dos maus serviços da bancária:

- Eu avisei você não me ouviu. O seu atendimento é esdrúxulo, é retrógrado. E saiu procurando atendimento noutro setor.

Antes de chegar ao setor para contagem das notas ele se virou para o auxiliar que o acompanhava, rindo:

- Hoje antes de dormir ela vai ter que pegar um dicionário para descobrir o significado das minhas palavras.

Numa das rodovias que acessa a cidade de João Pessoa, na Paraíba, existe um posto da Polícia Rodoviária que é famoso por conta da sede dos policiais. Eles param os veículos e não pedem documentos. Usam de uma gíria para pedir propina. Chamam de “guaraná”.

O circo estava encerrando a temporada numa cidade próxima e se preparando para aportar em João Pessoa. Todas as vezes em que Mauro passava pelo local, os policiais exigiam uma contribuição.

Numa dessas oportunidades, quando estavam próximos do Posto Policial, ele fez o motorista Edilson Palito acessar um retorno até alcançar um supermercado às margens da pista. Desceu e comprou uma caixa de guaraná em latas.

Retomaram o curso e ao passaram pelo posto o policial fez sinal para que parassem. Deu-se o seguinte diálogo:

- Bom dia! – disse o policial – para onde vocês estão indo?

- Bom dia! – respondeu Mauro – estamos indo a João Pessoa. Nós somos aí do Circo.

- Ah! O pessoal do circo sempre dá um guaranazinho aqui pra gente.

- Claro! Vocês estão em quantos policiais aí?

- Estamos em quatro.

Mauro pegou quatro latinhas de guaraná atrás do banco e entregou para o guarda, que ficou com cara de bobo, mas não podia dizer nada. Pediu guaraná e foi servido.

Imagine a cara dos demais policiais quando receberam a contribuição...

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