sexta-feira, 28 de outubro de 2011

Memória 105 (Malukos na piscina)

Carnaval 1988 - Integrantes do Bloco Maluko se refrescando na residência de D. Lúcia e Marino Secches: Carlos José, (não identificada), Carine Chibeni, Andréa Bacalá, Marquinhos Secches, Maurício Fantini, Gappa, Cleire de Almeida, Silvana Javarez, Maurinho, Zoinho e Zeza.
Atualização em 31/20/2011: Maurinho, que depois de vários carnavais tornou-se salgadense em definitivo, casando-se com Marli Cardoso, mandou mensagem para dizer que o penúltimo retratado é o Zoinho e não o Papel. Maurinho, Zoinho, Papel, Tim Tones, Minguinho e Lepô, eram amigos paulistanos do salgadense Bacana que por muitos anos frequentaram os carnavais do Bloco Maluko. Maurinho e Minguinho gostaram tanto da cidade e dos salgadenses que acabaram se fixando em definitivo na terrinha.
(foto: Álbum de Andréa Bacalá Marques). 

Memória 104 (Carnaval 1988)

Carnaval 1988 - A bateria do bloco Tô-que-tô se preparando para animar a festa do Bloco das Piranhas: Marcelo Cruzeiro, Edson Alves (Birolinho), Chiquinho Cervantes, Pedrinho Arruda e Gustão Cervantes.
(foto: Álbum de Andréa Bacalá Marques)

quinta-feira, 13 de outubro de 2011

Burrada

Havia longo tempo que o menino vinha atentando o pai e pedindo o presente dos seus sonhos: uma bicicleta. Meeiro de roça num pequeno sítio nas proximidades de São João de Iracema, o pai não dispunha de recursos para tanto, mas prometeu que tentaria satisfazer o desejo do filho se da próxima safra resultasse o lucro esperado.

Passou-se o tempo planejado e dos ganhos do roçado o pai conseguiu apartar uns cobres para "apanhar" uma bicicleta de segunda mão. O menino ficou satisfeito, não cabia em si de tanto contentamento. Tanto que não mais se apartava do presente. O pequeno sítio acabou inteiramente cortado pelos sulcos dos pneus do novo brinquedo, que na hora de dormir era guardado no quarto do dono, ao lado de sua cama.

Numa tarde o pai chamou o menino: "vá lá no pasto de cima buscar o burro". O piquete era perto da casa e nele o burro ficava recolhido para facilitar o serviço quando fosse necessário atá-lo à carroça. Porém, andava escasso de grama e por isso o animal havia sido solto no pasto de cima, onde o capim era mais abundante e vistoso. O menino não se animou a caminhar até onde animal pastava, montou na magrela e saiu pedalando.

Ao ser cabresteado o burro não ofereceu resistência, talvez tenha estranhado um pouco quando a ponta da corda foi amarrada na garupa da bicicleta, mas mesmo assim seguiu adiante, puxado pelo ciclista que seguia em marcha lenta e internamente comemorava o feito, pois havia encontrado uma forma de facilitar os  pequenos serviços que o pai lhe destinava.

Na passagem do pasto para o piquete havia uma chave de arame, um tipo de cancela muito comum na zona rural, e que obriga o transeunte a enroscar o balancim ao qual o aramado é preso em duas alças fixadas num palanque. O ciclista abriu a chave, esperou o burro passar pela cancela, parou a bicicleta e armou seu descanso, acreditando que - preso pelo cabresto à garupa - o asno o aguardaria fechar a passagem. O animal até que entendeu a situação e ficou esperando. O menino encaixou a base do balancim na alça de baixo, e quando se preparava para enroscar a ponta do guatambu na alça de cima ouviu um barulho estranho e virou-se para assistir a uma cena estarrecedora.

Sem perceber, o ciclista havia escorado o descanso em solo arenoso, a bicicleta derrapou vagarosamente e ao atingir o chão produziu na rédea um golpe suficiente para espantar o burro, que estirou e saiu em desabalada carreira no rumo da casa.

A magrela foi sendo arrastada em meio aos murundus, buracos de trilhos e coices do burro, que quanto mais percebia estar sendo por ela perseguido, mais se assustava e acelerava a toada. O animal só mitigou a marcha quando chegou ao portão da morada, também pelo fato de que, no trajeto, algumas partes da magrela foram ficando pelo caminho. Quando o desesperado menino conseguiu alcançar o local onde o burro, ainda espantado, bufava e zunia, levou às mãos à cabeça: do tão sonhado presente só restava a carcaça retorcida da qual nada mais se aproveitava.

Foi preciso esperar outra boa safra para conseguir convencer o pai a comprar-lhe outra bicicleta. Autor da façanha: nosso amigo Luiz Antonio de Souza, o famoso Sapo.

quarta-feira, 5 de outubro de 2011

Memória 103 (Irmãos Contente - 1942)


Irmãos Contente (1942) - Os filhos do casal Adelina e Vitorino Contente: Cacilda se casou com Natal Mendonça; Edgard, o Déga, casou-se com Inês Giamatei; e Vilma com José Cândido Vieira (Nego Alfaiate). Os pioneiros da família Contente faziam parte de um dos primeiros grupos de imigrantes italianos (ou descendentes) que chegaram à região logo depois da fundação da cidade (anos 30/40).
Atualização em 31/10/2011: Marta Contente enviou mensagem corrigindo o nome de seu pai, Edgard, e o sobrenome de dona Inês, que é filha do famoso Gregório Giamatei.
(foto: Álbum de Ivone Vieira Lopes).

Pitanguinha 2

Essa aconteceu na época em que o saudoso Marcelo Pereira, o famoso Instalação, ainda estava entre nós.

Num dos bares da cidade o Pitanguinha divertia uma turma enquanto filava cigarros e trocados. Puxou um deles pela manga da camisa:

- Ô Instalação, me dá 5 reais...

Sem receber atenção - alguns relembravam casos engraçados enquanto os demais riam e puxavam outros acontecimentos pela memória - ele insistia:

- Ôô Instalação, arruma 5 reais pra mim...

Depois de muita cobrança o cobrado perdeu a paciência.

- Pitanguinha, vai encher o saco de outro. Eu nem sou o Instalação... Eu sou o Gargamel eletricista...

- Ué! Então você é o Instalação sim! Instalação de luz. Me dá cincão aí vai!!!

(veja outros causos do Pitanguinha e do Instalação).