terça-feira, 25 de maio de 2010

Memória 89 (Família Cruzeiro)


Família Cruzeiro (anos 90) - D. Leonor Bernabé Cruzeiro e os filhos Marcelo, Maura (Pililica), Amauri, Márcio Aurélio e Marcos.
(foto: Álbum de Marcelo Cruzeiro)

O Antídoto

Como sempre digo, muitos amigos colaboram para a sobrevivência do nosso Proseando, enviando fotos e causos. A maioria conta o fato principal e eu dou um trato no desenvolvimento do enredo. No entanto, o salgadense Leonço Barbosa de Alencar, que há muitos anos vive em Santos (SP), me mandou uma história pronta e muito bem contada, que merece ser reproduzida na íntegra.

A narrativa é do próprio Leonço:

"Fazia um calor medonho naquela tarde de domingo. Nas andanças pelos bares da vida, acabamos nos encontrando: eu, Marcola, Marçal e João Gato. Para dar um basta ao suor, decidimos tomar um banho refrescante no córrego Talhados.

Embarcamos em minha Brasília amarela (que não era só minha, pois fora comprada em sociedade com outros amigos) e rumamos para o local, não sem antes dar uma passadinha pela padaria da Vila Maria para comprar algo que nos ajudasse a refrescar a alta temperatura.

Pensamos em sorvete, água gelada, pedras de gelo e coisas tais e, na dúvida, optamos por uma quantidade razoável de latinhas de cerveja. Para completar compramos também alguns pães, uma boa porção de mortadela e, por pura precaução, caso a água do córrego estivesse muito fria, pensamos em algo para esquentar e aí veio a “boa idéia” de levar também um litro de 51.

Conseguimos uma caixa de isopor emprestada e na hora de embarcar, o Marçal cismou de comprar algumas garrafinhas de guaraná. Não entendemos nada daquele desatino, mas ele nos explicou que decidira tornar-se um homem sério, estava pensando em se casar, constituir família, e portanto havia parado de beber. Jurou por tudo o que era de mais sagrado de que falava a mais pura verdade e se não fora o grande número de pecados outrora cometidos, dir-se-ia que doravante teríamos um amigo franciscano.

Chegamos finalmente ao ribeirão, botamos calção de banho e, literalmente, mergulhamos de cabeça. Depois de algumas braçadas e muita brincadeira na água partimos para cima da munição que trouxéramos.

Eu e o Marcola, irmamente, dividimos o litro de pinga. O João Gato tomou conta da cerveja e o Marçal.... como prometera, dá-lhe guaraná !

O papo transcorria animado, passamos uma tarde agradável e melhor não foi por conta do verdadeiro enxame de borrachudos que nos atacava o tempo todo, o que nos obrigava a tomar um trago, dar uma mordida no sanduba e um mergulho na água.

Hora de voltar para casa. Recolhemos tudo e tomamos o caminho de volta.

No dia seguinte, segunda-feira, o trabalho nos aguardava. Naquela época eu o Marçal trabalhávamos na Prefeitura, eu na Contabilidade e ele no Gabinete do Prefeito Dr. Norival.

Tomei o maior susto quando o vi chegando para trabalhar. Manquitolando, com a dor estampada no rosto, os poucos cabelos em desalinho e um dos pés descalço. Se tivesse sido atropelado, provavelmente estaria com uma expressão melhor.

Perguntei o que aconteceu e ele mostrando-me o pé respondeu que o seu estado deplorável decorria por obra e graça dos borrachudos que nos atacaram no dia anterior. Realmente, dava medo olhar para o pé do rapaz. Estava totalmente vermelho, inchado e redondo, parecendo a pata de um elefante. Mesmo assim insistiu em trabalhar e como não apresentava melhora do longo do dia, resolveu ir ao hospital.

Parece piada de mau gosto, mas o fato é que a emenda ficou pior do que o soneto. Voltou de lá com a cara ainda mais feia, mancando agora das duas pernas num bailado feio e desengonçado, pois tomara uma cavalar dose de injeção na bunda.

Final do expediente, rumamos para o “point” da cidade, a lanchonete do Frota. Chegando lá quem encontramos ? Eles mesmos, o Marcola e o João Gato. Ambos bem humorados e com boa aparência ficaram espantados ao saber do ocorrido ao pobre Marçal que, apesar dos pesares, já estava bem melhor, a injeção do Dr. Kleber fora um santo remédio.

Não foi preciso muita filosofia de botequim para chegarmos à conclusão de que o álcool que havíamos ingerido ao misturar-se ao nosso sangue, servira como um verdadeiro antídoto contra o veneno dos borrachudos.

Então perguntei:

- E aí Marçal, o que você vai fazer ?

Ao que ele prontamente me respondeu:

- Caro amigo Léo, depois dessa.... SÓ TOMANDO UMA !"

sexta-feira, 21 de maio de 2010

Bar Tribunal

Bar Tribunal, em São Paulo.

Nos anos 80 os salgadenses que viviam na capital paulista sempre se reuniam num restaurante chamado Recanto Goiano. Carlos Oliveira, o famoso Gauchinho, na mesma época foi dono de um pequeno bar em Pinheiros, chamado Distinto, outro ponto de encontro dos conterrâneos. Nice Perez - irmã do Gauchinho - até hoje reúne os salgadenses paulistanos no Recanto Goiano, que ainda sobrevive.

Agora surgiu uma nova opção. O salgadense Marcelo Cruzeiro é dono de um dos bares de maior sucesso na capital paulista, o Bar Tribunal. Localizado em frente ao Fórum Pinheiros o bar tem agradado ao público e à crítica especializada, batendo recordes na venda de cerveja.

Além da cerva estupidamnte gelada a casa serve petiscos de boteco, como escondidinho, iscas de picanha, purê de mandioquinha com parmesão gratinado e porção de linguiça portuguesa.


Bar Tribunal

Mapa para chegar ao Bar Tribunal (clique para ampliar)
Endereço: Rua Jericó, nº 15 (esquina com a Rua Original) - Vila Madalena - SP
Telefone: (11) 3031-7311.

Na minha próxima ida a São Paulo, vou cumprir a promessa que fiz ao amigo Marcelo e conferir de perto o sucesso do Tribunal.

terça-feira, 18 de maio de 2010

Desembargador do TJSP morou em G. Salgado

Desembargador Antonio Benedito Ribeiro Pinto e sua esposa D. Irma Trentin Ribeiro Pinto.

No dia 13 de abril de 2005 o Juiz de Direito Dr. Antonio Benedito Ribeiro Pinto tomou posse como Desembargador do Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo.

O Desembargador Ribeiro Pinto formou-se em Direito em 1969 nas Faculdades Toledo de Bauru, cidade onde viveu desde a adolescência.

Antes de ingressar na magistratura foi Oficial de Justiça e Delegado de Polícia. Nesta última função atuou em General Salgado por volta de 1976. Uma de suas primeiras comarcas como juiz foi Garça e, anos depois, foi promovido a titular da 1a. Vara Criminal de Araçatuba.

Junto com os salgadenses Pedro Cervantes, Claudoir Marques, Marli Camargo e Regina Cervantes, tive a honra de ser seu aluno nas Faculdades Toledo de Araçatuba, onde por muitos anos lecionou Direito Processual Civil. O apreço pelo mestre e a admiração por sua dedicação ao ensino do direito ficaram patenteados quando decidimos escolhê-lo como paraninfo da turma.

Aos alunos salgadenses gostava de contar que quanto comandou a Polícia Civil do município morou por algum tempo na chácara do então Prefeito Francisco Assis Cervantes. Ainda tive a satisfação de conviver diariamente com o magistrado Ribeiro Pinto no Fórum de Araçatuba, primeiro como servidor, escrevente de audiências da 3a. Vara Cível; depois, como advogado.

A merecida ascenção do Dr. Antonio Benedito ao TJSP se deu após breve passagem pelo Tribunal de Alçada Paulista. Podemos dizer que se trata de um magistrado íntegro, gentil, sereno, extremamente cordial e respeitoso no tratamento destinado aos advogados e servidores, além de profundo conhecedor do Direito.

Dr. Antonio Benedito no dia da posse como Desembargador do TJSP.

Profissão Repórter



O jornalista Raphael Prado - filho do salgadense Osmar Antonio do Prado - há algum tempo pertence à equipe do programa Profissão Repórter, comandado por Caco Barcelos na Rede Globo de Televisão. Sempre atuou como Editor de Internet.

No programa que vai ao ar às 23:30 hs de hoje (18/05/2010) ele estréia à frente das câmeras.

Desejamos-lhe todo o sucesso do mundo, convocando os amigos salgadenses para prestigiarem o programa.

Raphael Prado - ao lado dos pais Maria e Osmar (Foguinho) e do tio Vilmar.
(foto: Álbum de Vilmar Prado)

segunda-feira, 17 de maio de 2010

Memória 88 (Festa em 1985)


Festança 1985 Carlos Cristante (Fininho), Vilmar Prado, Sivone Constantino, Alécio Valeze (Bazé), Lucio Fernandes, Luciana dos Santos e Gilmar Prado.
(foto: Álbum de Verinha Iannela)

Farre-Forra

Por volta de 1995 ou 1996 um grupo de amigos salgadenses decidiu fundar um novo bloco de carnaval. Não sei de onde tiraram o nome: Farre-forra. Até hoje ninguém sabe explicar direito de onde surgiu, mas provavelmente, o esquecimento se deve ao alto grau etílico dos fundadores no momento da escolha. Escolheram o nome e, quando passou a bebedeira, ninguém sabia dizer a razão.

Comandado por Vando Colombo, assessorado pelo inesquecível Marcelo Pereira, o Instalação, o bloco durou apenas três carnavais. Para botar ordem na casa o comandante decidiu aplicar dura disciplina militar sobre os comandados, começando por nomear o Instalação como Sargento. Às vezes promovia reuniões de emergência para solucionar algum problema mais grave, convocando a tropa aos gritos de comando. O altíssimo grau alcoólico, porém, sempre atrapalhava o diálogo com a turma:

- Atenção petolão...

Numa das noites o Gappinha invadiu a casa onde o bloco estava instalado com uma moto. O Sargento Instalação prontamente interveio para deter o abusado e apreender o veículo. Isso sem falar na multa que queria aplicar, revertendo a arrecadação na compra de mais cerveja...

Não demorou muito, porém, para que chamassem a atenção dos vizinhos, que decidiram convocar alguém com conhecimento de causa para intervir no grupo: a polícia militar.

A viatura parou defronte a casa e desceram dois soldados. Percebendo que a coisa ia ficar feia - afinal de contas o barulho incomodava os vizinhos 24 horas por dia - Vando foi tentar conter o ânimo dos milicianos. Depois de quase meia hora de lábia, o policial estava deixando barato quando o Comandante quase pôs tudo a perder, ao tentar avisar os companheiros sobre a solução do problema:

- Pessoal, tá tudo certo, já falei aqui com o nosso amigo, o sargento Pombas...

O militar retrucou enfezado:

- Meu nome é Combas rapaz!

Foi preciso mais meia hora de conversa pra ajeitar as coisas de novo!

quinta-feira, 13 de maio de 2010

Memória 87 (Carnaval 1975)

Carnaval (1975) - Antes dos bailes de carnaval do Salgadense Esporte Clube os blocos desfilavam pelas ruas da cidade sobre caminhões. Alguém consegue identificar estes foliões de 1975? Mande um e-mail para o Proseando (clique aqui).
Atualização em 24/05/2010 - Sebastião Cardoso, o famoso Tiãozinho da Globo, identificou Leão (de camisa branca e short amarelo), que na época da foto trabalhava como motorista para Juscelino de Oliveira (Celino), dono do caminhão que transporta os foliões.