terça-feira, 30 de junho de 2009

Memória 75 (Vira-Copos)

Vira-Copos (1982) - O bloco mais animado da história do carnaval salgadense.
Em pé: Gilmar Prado, Álvaro Silva, Sérgio Gonzales, Carlos Fernandes (Caçapa), Sérgio Marques, Renaldo Mello, João William Marques, Julio Cesar, Eduardo Fernandes (Pereca), Eliseu Bernabé Jr (Batata), Sidnei Amadeu, Marli Crivelari e Chiquinho Cervantes.
Sentadas: Bete Garbatti, Rute Marques, Lourdes Marques, Maura Cruzeiro (Pililica), Lucia Lopes, Rosa Fernandes, Tereza Marques, Terezinha Moreira, Tia Neide, Janete Barioni, Vilma Chaves, Nice Perez e Eliane Benzatti.
(foto: Álbum de Nice Perez)

Família Cândido da Silva

Estou pesquisando a história de outra grande família salgadense, a Família Cândido da Silva. Muitos salgadenses não sabem que são descendentes dela.

Ao pesquisar a origem da Família Marques de General Salgado (veja aqui), descobrimos que Norberto e Firmino Marques deixaram Minas Gerais e vieram para esta região do Noroeste Paulista por que aqui já se encontrava João Cândido da Silva, avô de suas esposas Narciza e Maria Cândida, respectivamente.

Com João Cândido – que morava na região conhecida como Macaúba Velha, atual Vicentinópolis - viviam seus filhos João Cândido da Silva Filho, José Cândido da Silva, Justina Cândido da Silva e Vicência Cândido da Silva. Vicência era mãe de Maria e Narciza. A casa da família ficava na região onde hoje existe a Fazenda Guarita.

Firmino e Norberto deixaram Carmo do Rio Claro (MG) no dia 25 de setembro de 1906, trazendo na comitiva o cunhado José Luiz da Silva. A exemplo dos Marques, que se fixaram nas proximidades do Ribeirão Açoita-Cavalos, onde anos depois surgiu Nova Castilho e General Salgado, os Cândidos também adquiriram terras e se fixaram nesta região.

Em 1923 uma filha de José Cândido da Silva, chamada Izaltina Cândido da Silva, casou-se com Hipólito Ludgero Marques.

Os Marques descendentes de Firmino, Norberto e Hipólito são descendentes de João Cândido pelo lado materno. Porém, há um grande número de salgadenses que descendem dos demais Cândidos. A família de José Luiz da Silva, por exemplo, que é imensa, não guardou o sobrenome Cândido e, por isso, alguns de seus membros não conhecem tal origem.

Ouso dizer que ao lado dos Marques, a Família Cândido da Silva é uma das maiores da cidade. Minhas pesquisas continuam e precisam de ajuda. Conto com a colaboração de todos. Pretendo, a exemplo do que fizemos com os Marques, levantar toda a árvore genealógica dos Cândido da Silva.

Aguardo contribuições. (clique aqui e mande um e-mail).

sábado, 20 de junho de 2009

Memória 74 (Carnaval 1975)

Carnaval do Salgadense Esporte Clube (1975). Carlos de Oliveira (Gauchinho), Angela Castilho, Eliane Braga, Osmar Prado (Foguinho), Nice Perez, Edmar Prado e Amauri Cruzeiro.
(foto: Álbum de Nice Perez)

segunda-feira, 15 de junho de 2009

O Velho Peão 2

O fazendeiro Dim Sirotto costumava ser muito enérgico e severo com os empregados e peões que contratava para trabalhar em suas fazendas.

Mesmo quando mostrava severidade, no entanto, conseguia ser muito engraçado.

Certa vez alguém se surpreendeu com a rispidez com que fiscalizava e cobrava o comportamento dos subordinados e questionou o fazendeiro.

A resposta veio como sempre, hilária:

- Peão preguiçoso comigo não tem vez. Eu trato que nem cachorro: se tiver sede vai no corgo, bebe água, lambe o pinto e volta trabalhar.

sexta-feira, 5 de junho de 2009

Cinema na Praça 4 - Kung Fu

Nesta semana faleceu o ator americano David Carradine, que nos anos 70 foi protagonista de uma série televisiva chamada Kung-Fu. Era a maior atração da TV brasileira para a garotada daqueles tempos.

Para mim foi tão marcante que, aficcionado por cinema, por muitos anos o considerei um dos meus atores favoritos. Eu não perdia um só episódio da história de Kwai Chang Caine, órfão criado por monges Shaolin, aprendiz de artes marciais que foge da China depois de matar o sobrinho do Imperador para vingar a morte de seu mestre de kung-fu. Chamado de Gafanhoto, a história motivou até marchinha de carnaval (Kung, Kung, Kung, Kung-fu, chinês valente e homem pra chuchu...).

Para deleite dos saudosistas e para que os mais novos conheçam um pouco do que foi a minisérie, achei no Youtube a abertura e trechos de um episódio, que a gente assistia em preto-e-branco, pois TV colorida em General Salgado, naquela época era raridade.

terça-feira, 2 de junho de 2009

Tombos e Mancadas

O público se acotovelava pelas arquibancadas literalmente tomadas. Pelas vielas do recinto outro tanto de gente se movimentava diante de um espremido comércio: barraquinhas de bugigangas de todo tipo, bebidas, acessórios, vestuário, calçados, um pouco de tudo.

O tradicional sanduíche de pernil com calabresa afrontava o olfato dos circundantes que trocavam pernas pelos corredores do "Vietnã", uma infinidade de barraquinhas cobertas de lona plástica colorida, repletas de badulaques.

Um intrépido locutor anunciava para dentro de instantes o início do grande espetáculo. Após longa espera de quase doze meses, o povo daquela próspera e pacata cidadezinha interiorana assistiria novamente a Festa do Peão de Boiadeiro.

- Senhoras e Senhores, boa noite, boa noite, boa noite... Vai começar a festa da moçada do chapéu grande, da bota do cano compriiiiido...

Enquanto isso o Luiz Quilovate, instalado no interior do estúdio de som, improvisado na carroceria de um caminhão, se entretinha em seu inarredável vício: histórias em quadrinhos e congêneres.

Todos os que acompanhavam o rodeio, peões, barraqueiros, tropeiros, já sabiam que o Quilovate não trocava sua leitura dinâmica, nem mesmo por uma dúzia de cervejas geladas na Barraca da Comissão, ou por um ingresso do Baile do Cowboy.

O pior era que durante o espetáculo, por vezes se esquecia de que era o sonoplasta, responsável pelas músicas, pelas brincadeiras e efeitos sonoros, enfim, pela sobrevivência do locutor. E as gafes se sucediam.

Desta vez, o locutor havia convidado as autoridades presentes, o presidente da comissão organizadora, o Prefeito, os profissionais do rodeio adentraram a arena aguardando a abertura da noitada.

- Senhores e Senhores; peço que fiquem de pé, para ouvirmos o hino mais bonito do mundo: o Hino Nacional Brasileiro!

Seguiu-se um profundo silêncio, após o povo haver se postado civicamente. Um pouco assustado, tentou o locutor chamar a atenção do assistente, que certamente não havia deixado a leitura da Playboy:

- O hino nacional brasileiro...LUIZ!

Novo silêncio. Ansioso e preocupado pela lamentável ocorrência, o narrador repetiu o aviso quase gritando:

- LUIZ! O hino nacional!!!

Despertado pelo susto, num sobressalto o Luizinho apanhou rapidamente a primeira fita-cassete que encontrou e levantou o polegar para o locutor como que dizendo: "Agora vai". O mestre da cerimônia ainda tentou disfarçar:

- Desculpem-nos senhoras e senhores, pela pequena falha técnica, já solucionada, e prosseguindo ouviremos agora com o respeito de todos, a melodia que enaltece o povo brasileiro!

E o povão quase não acreditou quando o "play" do Quilovate disparou as conhecidas vozes de Tião Carreiro e Pardinho:

- A coisa tá feia, a coisa tá preta....