segunda-feira, 18 de abril de 2011

Meu Pai

Nova Castilho, 1967 - Cal e Domingos.
"Todo mundo ama um dia,
Todo mundo chora...
Um dia a gente chega
E noutro vai embora..."
                                       
Eu poderia escrever muitas coisas sobre meu pai.

Mas tudo o que eu dissesse poderia soar exagerado ou desnecessário.

Seu modo de viver simples e sempre presente em nossas vidas, seus conceitos singelos e sábios sobre tudo, sua postura como cidadão e como pai, foram bastante destacados por todos aqueles cujas mensagens de alento e força nos chegaram das mais diversas formas.

Todas carregadas de imenso carinho e de reconhecimento pelos exemplos que ele deixou ao longo de 72 anos de idade.

Refletindo com serenidade sobre tudo, passado o turbilhão provocado pela perda e pela dor, me sinto na obrigação de agradecer, olhar para a frente e continuar a marcha.

Auriflama, 1995 - Cal e Domingos.

"Penso que seguir a vida seja simplesmente
Conhecer a marcha e ir tocando em frente.
Como um velho boiadeiro levando a boiada
Eu vou tocando os dias pela longa estrada
eu vou... estrada eu sou"
                                          (Renato Teixeira - Almir Sater)

Para seguir adiante, entretanto, é preciso saber agradecer.

Agradecer a ele, por tudo que nos ensinou.

Aos amigos e parentes que nos envolveram com o carinho das palavras e o afeto dos abraços, e que tanto bem nos fizeram nos momentos mais difíceis.


Dezembro de 2010 - Sérgio, Domingos, Cleber e Cal.

E, finalmente, ao Grande Criador do Universo:

Obrigado Senhor!

Pela harmonia da nossa família, pela segurança do nosso lar e por tudo o que recebemos de seu arquiteto, que soube esculpir com mãos de artífice a suave moldura dos nossos dias.

Pelo amparo e pela dedicação com que foram corrigidos os nossos desvios e removidos os obstáculos do nosso caminho.

Nós Te rendemos graças pela serenidade das palavras sinceras que nos ensinaram e orientaram com lições de fé e humildade.

Pelas mãos que trabalharam a terra e produziram alimentos, transformando o duro labor em aprendizado e capacitação, nos permitindo entender e distinguir os valores materiais dos espirituais.

Pelos ouvidos que acolheram nossas inseguranças e pelos olhos calmos que, nos contemplando com o bálsamo da compreensão, nos fizeram perceber que é preciso coragem para alcançar a felicidade.

Agradecemos as lições que nos mostraram que o tempo orienta; que é bom ter amigos e não cultivar mágoas; que o dever premia e o erro cobra.

E os momentos em que sua presença iluminada fez com que as menores alegrias parecessem as maiores.

Senhor!
Ao rogarmos que o guarde ao Seu lado, agradecemos por sua vida e por ter sido amoroso marido, pai, sogro e avô, sem jamais deixar de ser nosso amigo.

Cida.
Carlos José, Samanta, Luísa e Maite.
Cláudia, Samir, Pedro e Manuela.
Cleber, Ana Luíza e Ruan.
Cleire, Eduardo, Tiago e Diogo.
Sérgio, Mara e Thales.