terça-feira, 29 de novembro de 2011

Memória 108 (João Lara)

João Lara (1982) - O mais famoso pipoqueiro da cidade, atendendo aos pequenos Vinicius Giamatei e Maurício Fantini de Moraes.
(foto: Álbum de Aldair Giamatei).

Gappinha Ranieli

Carlos Mesquita convidou os cunhados, a dupla Gappa e Gappinha, para uma pescaria. Arrumaram as tralhas e partiram num Fiat 147 para os ranchos de Auriflama, sem esquecer o ingrediente principal da aventura: uma caixa de cerveja bem gelada.

Quase fim de tarde, fim da cerveja, foram conferir o resultado da pesca: 3 peixinhos mixurucas. Resolveram voltar. No meio do caminho o carro pifou. Abriram o motor, examinaram algumas peças, até que um deles desconfiou: acabou a gasolina!

- Não é possível! - disse o proprietário do possante - enchi o tanque hoje cedo!

Uma camionete apareceu e deu carona para o Gappinha até a cidade. Meia hora depois ele apareceu na garupa de um mototáxi. Escurecia quando chegaram em Auriflama e decidiram parar numa lanchonete para tomar mais umas enquanto o carro era reabastecido. A fome apertou mas o dinheiro não dava para muita coisa. Os últimos trocados seriam guardados para mais algumas cervejas, pois, apesar da fome, ninguém se habilitava a trocar bebida por comida naquele momento.

A dona da lanchonete começou a preparar uns petiscos para a clientela e o aroma do ambiente foi atiçando e fazendo roncar a barriga dos salgadenses. Mesquita puxou assunto, elogiou o cheiro da comida, disse que eram da vizinha cidade, estavam de passeio, foram conhecer os ranchos e pescar alguma coisa. Pegaram muito? Quis saber a gentil senhora:

- Não! Pegamos só uns 30 quilos!

- Eu sempre compro peixes do pessoal que pesca lá nos ranchos. Se vocês quiserem vender um pouco eu compro! - disse a comerciante.

- Podemos fazer negócio então. Mas a senhora não precisa pagar não. A gente troca peixe por comida, pode ser?

- Claro que sim! O que vocês querem?

A mesa foi servida de vários aperitivos e os famintos atacaram, principalmente o Gappa, com o apetite voraz que sempre lhe foi peculiar. Mesquita percebeu que o local era repleto de fotos de futebol e direcionou a prosa, perguntando se os proprietários da lanchonete gostavam do esporte. Responderam dizendo que tinham um conhecido (ou parente) que havia jogado no Corinthians, o Wilson Mano. Aí o salgadense preparou o golpe:

- Esse aqui - apontou o Gappinha - é o Ranieli, que jogou no Palmeiras na mesma época em que o Mano estava no Corinthians. Vocês devem ter ouvido falar, ele e o Mano eram muito amigos...

Surpresos, os comerciantes vieram conhecer de perto e cumprimentar o famoso boleiro, dizendo-se honrados pela presença. O Gappinha "Ranieli" desandou a contar das aventuras que havia passado junto com o atleta auriflamense, jogos, vitórias, derrotas e tudo o mais. E encerrou dizendo que tinha muita saudade, que gostaria de reencontrar o amigo, de quem há muito não recebia notícias. Apresentaram-lhe uma foto para que ele autografasse e ele escreveu em letras garrafais: "Ao amigo Wilson Mano, um grande abraço do Ranieli". E o quadro voltou para a parede.

Na hora de pagar a despesa, por conta da gentileza do visitante famoso, cobraram apenas as cervejas, deixando as porções pela serventia da casa.

No dia seguinte o Mesquita foi sair cedo para o trabalho e o carro não funcionava. Olhou no marcador: seco! Só então descobriu que o tanque estava furado.

terça-feira, 22 de novembro de 2011

Blog do Fred



Pergunte ao Fred - Fred Wagner integra o grande grupo de paulistanos que descobriu General Salgado através dos amigos e tornou-se assíduo visitante da cidade, especialmente nos carnavais do Bloco PB!. Publicitário e consultor, foi colunista da Revista UMA e do site Itodas. É dono de um dos blogs mais interessantes da grande rede, respondendo indagações sobre relacionamentos amorosos e o universo masculino. Ele promete responder todas as mensagens e contribuir para a solução dos problemas apresentados. O Blog Pergunte ao Fred merece uma visita (CLIQUE AQUI).

quinta-feira, 17 de novembro de 2011

Memória 107 (Rainha do Baile)

Bailes de Gala - Aniversário da cidade (1970) - Nos anos 70/80 o Salgadense Esporte Clube promovia grandes bailes de gala. O principal deles comemorava o aniversário da cidade com um concurso de beleza entre as jovens salgadenses. Na foto: o dirigente do clube Paschoal Pompílio, a princesa Aldair Silva (casou-se com Pedro Giamatei), a rainha Maria Tereza Posseti (casou-se com Nildemar Marques) e o mestre de cerimônias Norival Cabrera.
(foto: Álbum de Aldair Giamatei)

Histórias dos Bailes de Gala do Salgadense: (CLIQUE AQUI)

Camisada

Wilson Gasques, o famoso Camisada, sempre foi conhecido pelo jeito característico de falar aos arrancos, emendando frases, comendo letras e misturando palavras. Funcionário da Prefeitura, numa determinada época trabalhava no almoxarifado. Naquele tempo não existia telefone celular e a administração mantinha contato com os motoristas através do rádio-amador.

Certo dia foi chamado ao setor de rádio para atender um motorista que pedia socorro. Sem estar habituado à linguagem dos rádios amadores, pediu explicações e o motorista esclareceu:

- Camisada, o ônibus quebrou aqui perto do Cachorro Sentado, acho que é o motor, câmbio.

- Quebrou o motor ou o câmbio?

- Foi o motor Camisada, câmbio.

- Digaça, parece que você não entende nada de mecânica...

- Entendo um pouco sim, Camisada, pifou o motor, manda socorro, câmbio.

Calai, impossível ter quebrado, esse câmbio é novinho...

quinta-feira, 10 de novembro de 2011

Memória 106 (Joaquim Dourado)


Joaquim Dourado - Por muitos anos, seu Joaquim foi proprietário de uma oficina do tipo conserta-tudo, nos altos da Avenida Antonino José de Carvalho. Casado com dona Noêmia dos Santos Dourado, era pai de Nilson, Nilton, Rosângela e Placídio. Placídio Dourado é o atual proprietário do antigo Bar do Zé do Peto, na esquina da Avenida Antonino com a Rua Vicente Rodrigues Mendonça.
(foto: Álbum de Placídio Dourado)

Vande Outra Vez

Vande Mendonça trabalhou na agência do Banco Real que existiu nos anos 70/80 em General Salgado, instalada na esquina da Avenida Antonino com a Rua Nadir Garcia. Naquele tempo os bancos - assim como quase todo o comércio - fechavam para almoço. Antes da bóia os bancários costumavam fazer uma parada estratégica e obrigatória no Bar do Nino Giamatei para abrir o apetite.

Num desses dias, acompanhado de alguns colegas de serviço (Jorge Vieira, Hugo e Angelo Beltran), Vande encostou-se no balcão do Nino e pediu uma cachaça com certa ansiedade, dizendo que naquele dia havia acordado com uma grande vontade de beber. Nino quis entender a história direito e ele se explicou:

- Essa noite eu sonhei que estava andando numa estrada comprida sentindo muita sede, até chegar numa venda. Imediatamente pedi uma pinga para o botequeiro. Ele botou o copo no balcão, encheu de cachaça, e quando eu fui pegar o copo, perguntou se eu queria pura ou com limão. Respondi que preferia com limão. Quando ele se virou para buscar o limão eu acordei. Eu fui muito burro!

- Ué Vande? Burro porquê?

- Porque inventei de pedir limão! Se tivesse pedido pura tinha dado tempo de beber...

Outros causos do Vande: (CLIQUE AQUI).