segunda-feira, 13 de setembro de 2010

Modernidades

O salgadense Wanderlei Guimarães, o famoso Tatinha, é o feliz proprietário de um Ford Corcel II que trata com muito zelo. É comum vê-lo circulando pela cidade com o automóvel sempre limpo e bem cuidado. Não se cansa de divulgar aos amigos as proezas do carrão.

Dia desses o veículo precisou de umas peças novas e o proprietário se deslocou até Araçatuba para comprá-las. Ao tentar pagar a mercadoria, o dono da loja - um descendente de orientais - recusou o pagamento em cheque.

- Só aceita carton, né?

Tatinha tentou convencer o negociante dizendo que só utilizava cheque, nem carregava cartão, mas o japonês não se convencia, dizendo que talão de cheques era coisa ultrapassada e que hoje em dia todo mundo só usava cartão de crédito ou de débito em conta. Coisas da vida moderna. O jeito foi apresentar um último argumento.

- Veja só. Eu estou no meio do pasto negociando gado, o preço é bom, o gado me serve, ofereço o preço que o vendedor pediu, o boiadeiro começa a ratear e eu preciso garantir o negócio. Vou passar o cartão aonde? Na bolacha da vaca?

Sem contra-argumento, o japonês acabou aceitando o cheque.

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