segunda-feira, 2 de março de 2009

Mauro Castilho 4

Com a contribuição dos amigos da Família Castilho que enchem de histórias a comunidade criada no site de relacionamentos Orkut para homenagear o salgadense Mauro Castilho, vamos contando algumas de suas estripolias.

Num final de tarde em sua casa de Santa Catarina, Mauro conversava com a família na varanda. De repente percebeu um pequeno buraco no quintal, de onde saiam baratas.

No dia seguinte, ao invés de comprar veneno para extinguir os insetos, ele apareceu com umas bombinhas de festa junina, fogos de artifício. Riscou uma delas e lançou no buraco. O estouro mostrou que o rombo era profundo, voaram baratas mortas e as crianças se divertiram com a aventura.

De repente alguém chamou do interior da casa e todos correram para ver o ocorrido. Ao chegarem ao banheiro notaram que as paredes estavam ensopadas de água. O buraco no quintal acessava a fossa séptica e a pressão do estouro da bomba fez com que a água do vaso sanitário se espalhasse por todo o banheiro.

Ainda bem que não havia ninguém sentado no trono no momento da explosão.

Quando descobria palavras novas e aprendia o seu significado, ele gostava de incluí-las nas próximas conversas. Certa vez descobriu a palavra “obséquio” e tomou gosto por ela. Voltando com os filhos da praia de Balneário Camburiú, a fim de entreter as crianças cheias de areia que discutiam e choravam, parou o carro nas proximidades de um ponto de ônibus e pediu informações a duas mulheres, sobre a localização de ruas da cidade.

Após a explicação ele olhou sério para as moças e sapecou:

- Muito obrigado pela informação. Mas, me digam, por obséquio, qual de vocês peida mais fedido?

Acelerou o carro para fugir da reação das moças, sob gargalhadas dos filhos, mas não escapou das pesadas broncas de dona Zilma.

Todo final de ano a família se reunia na praia em Balneário Camburiú. Eram muitos dias de festa, churrasco, cervejada, baralho e diversão.

De vez em quando ele arrastava os genros para um bar nas proximidades, onde havia grande variedade de cachaça. Tinha especial preferência por uma pinga curtida no agrião. Tomava uns goles e oferecia aos genros que recusavam. Para aprontar com as mulheres da família ele molhava a mão na cachaça e passava no rosto dos genros. Quando voltavam para casa provocava brigas das filhas com os maridos:

- Sintam só o cheiro de cachaça! Esses caras são todos pinguços...

Lara tinha uma amiga de faculdade que às vezes levava para passar fim de semana na casa da família. A garota namorava um paraibano. Certo dia ao chegar à casa ela deu de cara com o Mauro que a cumprimentou:

- Oi Carne Seca. Tudo bem?

A moça estranhou o apelido, não entendeu nada.

- Tio Mauro, por que o senhor me chamou de Carne Seca?

Ele riu e explicou:

- Comidinha de paraibano!

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